Natache Iamayá de sua história de vida ao Toplessaço

NOME: Natache Iamaya da Rocha Gomes

IDADE: 32 anos

CIDADE: Rio de Janeiro

Oi, me chamo Natache Iamaya, me classifico como uma mulher determinada, carinhosa e responsável, luto diariamente para ter meu espaço diante à sociedade respeitado desde que me vi portadora de uma doença debilitante e rara.

Qual o motivo e desde quando você usa a cadeira de rodas?
 Ainda menina percebi uma dificuldade motora no andar, no falar e na coordenação das mãos, enfrentei desde então muitos médicos e exames, até ser diagnosticada com 19 anos, portadora de FA, ela me faz perder o controle dos movimentos.
Anos depois do diagnóstico comecei a usar cadeira de roddas.

 Qual foi sua primeira aceitação em relação a cadeira?
 Resolvi adotar uma cadeira quando percebi que para sair de casa e me deslocar por grandes distâncias, não conseguiria sem ajuda de um "carrinho personalizado"

 Já chegou a enfrentar algum preconceito, se sim nos conte como aconteceu.
 Ixxxi...muitos!
-Olhares velados de compaixão ou tratada como invisível ou então me tratarem como se tivesse uma doença contagiosa.   
Também por locais que me convidam a me retirar por não apresentarem acessibilidade.

 Qual a maior dificuldade que encontra em seu dia a dia.
 Independência.

O que mais da força em seu dia para não desanimar e continuar batalhando?
 Fé 

Qual seu projeto de vida?
 Viver um dia de cada vez.

 Quem sempre esteve ao seu lado em sua vida, que merece ser lembrado?
 Meus pais.

Nos conte como foi participar do concurso Nova Musa do Toplessaço?      
Acredito que diferente porém gratificante, imagina uma mulher cadeirante sendo eleita como MUSA de um legado pela luta à liberdade do corpo feminio (liberdade não é libertinagem) e consequentemente também passa a ser vista por sua beleza e sensualidade?!

Por qual motivo resolveu participar do concurso?  
 Soube através da coordenadora do concurso que me convidou e resolvi participar pois ele tem como objetivo combater preconceitos e esteriótipos, como deficiente  enfrento esse problema em uma outra escala e queria combatê-lo, além de ser um concurso focado  na procura de alguém com forte atitude, acabou revelando beleza que também vem através da minha postura, e é isso que quero propagar, acabar com o estigma de que o deficiente não pode ser belo e defender seu ponto de vista sobre algo não ligado diretamente à deficiência.

Participar do concurso teve algum reflexo em sua carreira como modelo?
 Rearfimou para muitos que sou de fato uma mulher de opinião!

No seu ponto de vista, você conseguiu chamar a atenção da sociedade participando do evento?
Acredito ter desviado os olhares de quem preconceitua a atitude de reinvidicar a liberação do topless à só mulheres peitudas, bundudas, malhadas...para  A MULHER!

Agradecemos à Natache Iamayá por ter participado de nossa coluna de entrevistas e poder contar um pouco de sua para nossos amigos leitores.